quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Um pouco da História de Cametá.


Cametá é um município brasileiro do estado do Pará. Localiza-se a uma latitude 02º14'40" sul e a uma longitude 49º29'45" oeste, estando a uma altitude de 150 metros. Sua população estimada em 2006 era de 106 814 habitantes. Possui uma área de 3122,899 km². Foi elevada a município em 1635.

História

Cametá situado à margem esquerda do Rio Tocantins, linha do seu território habitados por nativos denominados de “Caamutás”. Em seu território habitavam outras tribos, todos pertencentes ao grupo étnico dos Índios Tupinambás.
A denominação Cametá, de origem Tupi, relaciona-se ao fato dos Índios Camutás, construírem nos troncos das árvores casas para espera de caça, conhecida também como “Caa-muta”, que em linguagem nativa, significa armação elevada de copa de árvore, pois “Caa” é explicado como Mato, floresta ou bosque e “Muta” como degrau, armação ou elevação.
Logo depois da fundação da cidade de Belém, os colonizadores foram atraídos pelas riquezas da região do Rio Tocantins. Apesar das lutas entre portugueses, franceses e holandeses, empenhados na conquista da Calha Amazônica, os portugueses utilizando-se da cruz e da espada fixaram-se à margem esquerda do Rio Tocantins por primeiro.
Em 1617, Frei Cristóvão de São José, religioso dos Padres Capuchos da Ordem de Santo Antônio, sobe o Rio Tocantins, desembarcando “numa margem de terra à esquerda do Rio”. É o início da civilização Cristã entre os índios Camutás. Agindo com persistência e paciência, atrai a tribo para próximo da ermida que havia construído, começa então a ser habitada as terras que Frei Cristóvão havia desbravado. Assentando os alicerces de futuras capitanias o Capitão-Mor Feliciano Coelho de Carvalho, no ano de 1632, organiza uma expedição para combater os estrangeiros que invadiam a região. Dois anos depois, em 1634, o Governador da Província, criou a Capitania de Cametá em favor de Feliciano. O povoado é elevado à categoria de Vila, com o nome de Vila Viçosa de Santa Cruz de Cametá, em 1635, tendo como Santo Padroeiro São João Batista.
De Cametá saíram varias expedições exploratórias, como a de Pedro Teixeira em 1673 com o Padre Antônio Vieira. No começo de século XVIII, verificou-se a mudança da Vila do local onde foi erguida inicialmente, para onde hoje está a cidade, lugar chamado pelos índios de Murajuba, por causa do fenômeno natural da erosão de sua ribanceira (margem).
Em 21 de Outubro de 1848, Cametá obteve o status de cidade.
Em 1823, ocorriam no Pará lutas entre nacionalistas e conservadores, pois os portugueses, continuavam a assumir os cargos de maior expressão no Governo da Província. Vários motins se sucederam, ora dirigido por uma corrente, ora por outra. Nesse mesmo ano, ocorre um fato que vem acirrar mais ódio dos “nativos” contra os estrangeiros, que teve como principal inspirador o Oficial inglêsJohn Pascoe Grenfell, com as mortes ocorridas no “Brigue Palhaço”.Elevando ao auge o descontentamento dos Nacionalistas, nascendo assim a Cabanagem, explosão cívica de maior repercussão revolucionária na História da Amazônia e do Brasil Regência.
A cidade de Cametá teve o papel destacado, durante todo o movimento, foi de Cametá que o Dr. Ângelo Corrêa, foi a Belém, atendendo ao chamado do Governo Cabano chefiado por Antônio Vinagre, para assumir a presidência da província, após uma série de desentendimentos, não pôde assumir o governo. E retorna a Cametá onde toma posse do cargo perante a Câmara Municipal. Assim, por um breve período, Cametá foi a sede do Governo da Província. Convém ressaltar que o Município sempre teve destacado papel na história do Pará.
Nas últimas décadas o Município passou por alguns ciclos econômicos, daqueles típicos da Amazônia. Assim, se favoreceu bastante dos ciclos da borracha e do cacau, mas o último com bastante importância foi a época da pimenta-do-reino, embora não caracterizada como tal. Esses ciclos favoreceram algumas melhorias nas condições de vida da população.
Apesar da cidade de Cametá ter sido declarada Patrimônio Histórico Nacional poucos são os benefícios advindos disto. Não é visível a preservação dos prédios públicos e particularmente de valor histórico no Município, a Câmara Municipal está praticamente em ruínas. Alguns documentos históricos estão no Museu de Cametá, embora sem catalogação. Parte do casario antigo da primeira rua foi demolido ou vitimado pela erosão que já desgastou muito a orla da cidade. Ainda há a destacar prédios seculares como as igrejas de Nossa Senhora do Perpetuo Socorro na Aldeia e a Matriz, o Grupo Escolar D.Romualdo de Seixas e a Prefeitura. Esses prédios integram um roteiro turístico chamado de Museu Contextual, organizado pela Secult.
Agora com a tão ansiada energia elétrica de Tucuruí, gerada pelas usinas que represou o Rio Tocantins, busca-se atrair capital para geração de renda e produção na cidade e vilas que também foram beneficiadas.
Um exemplo para este movimento é a fazenda Dulluca que através da fruticultura busca geração de trabalho e renda para a comunidade livramento onde está situada. Atualmente, algo que traz muita renda para a cidade é o carnaval, conhecido como o melhor de todo o Pará. Bastante cultural e alegre, o carnaval de Cametá chega a dobrar o número de habitantes.

O  significado dos símbolos da a Bandeira de Cametá.

1º – A  cruz das cruzadas - Homenagem ao Custódio Frei Cristóvão de Lisboa, fundador da aldeia de Santa Cruz de Camutá, em 3 de outubro  de 1625. Frei Cristóvão de Lisboa foi mais tarde visitador apostólico e faleceu. Em CAMETÁ, esse ilustre religioso foi comissário do Santo Ofício e protetor dos índios.
2º -  O
Arco e a Flecha- Representam as armas combatentes dos aborígenes da época, reprimindo a presenças dos invasores na área  verde da floresta amazônica.
3º -  Os
Remos- Simbolizam o precário transporte para o comando da conquista, usando os braços fortes dos índios cametaenses.
4º -  A
faixa azul- Representa o nosso céu de um azul cobalto luminoso no pedaço do céu do Brasil.
5º – A
faixa branca – Simboliza a paz da conquista.
6º – A
faixa verde – É a vasta riqueza do solo e da beleza da selva amazônica
A bandeira cametaense está dentro da compilação histórica regional, que motivou a formação do original, que é da autoria do saudoso pintor paraense
Andrelino Cotta, ilustre filho de Cametá, a rainha do Tocantins.

Fonte: 


. Biblioteca Pública Municipal de Cametá.
http://www.cametanoticias.com.br/?p=136

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